quarta-feira, 19 de outubro de 2011

História

A pixação tem seu início já na antiguidade na cidade de Pompéia, onde a erupção do vulcão Vesúvio preservou inscrições, em muros, que continham desde xingamentos até propagandas políticas e poesias. Depois, já na Idade Média, é identificada quando padres de conventos rivais pichavam as paredes com piche para expor suas ideologias e criticar doutrinas contrárias.

Essa linha de escrita permanecia com poucas mudanças até 1968, quando, nos EUA surgiu uma nova linha de escrita cujo objetivo era marcar com codinomes seus territórios e o maior número de lugares possíveis.

"Como pensar livremente sob a sombra de uma capela?", crítica  ao conservadorismo
Revolução Estudantil de 1968, na França
Após ter sido mostrada no “The New York Times”, essa técnica já fazia parte da recém criada cultura hip-hop. No Brasil, o graffiti já existia em forma de protestos ou propagandas. Até que em 1978, foi registrada a primeira forma de linhas artísticas. Já nos anos 80, começa a aparecer graffiti com a mesma linha dos EUA, porém, com as disputas, os “escritores” criaram novos tipos de letras com traços mais retos, diferente das americanas, que tinham os traços arredondados. Logo, foi apelidado pela mídia por pixação e, como tal, deveria ser repreendida.  Essa prática teve uma evolução depois da Segunda Guerra, quando os sprays foram inventados, deixando mais fácil e rápido para o pixador. Essa técnica também foi usada na Revolta Estudantil de 1968, na França, onde jovens expunham seus gritos de liberdade por meio de sprays.


Ditadura Brasileira
1964-1985
Voltando ao Brasil, como essa prática era considerada proibida e subversiva, passou a ser praticada a noite, porém perdeu seu caráter político e revolucionário para ser usada para declarar amor, fazer piadas ou mesmo para registrar os nomes dos autores, o que se aproxima mais das pichações de hoje. Dos anos 80 até os dias de hoje a sua forma, seus adeptos e seus valores entre os próprios pixadores mudaram bastante. Por exemplo, no início dos anos 80 a disputa era entre quem escrevia seus nomes na maior variedade de lugares, o objetivo era ser notado. Com o passar do tempo, surge à competição por espaços, começa a criação de pseudônimos e de grupos de pixadores que começam a divulgar símbolos que representam seus grupos.


Modalidades

Com a evolução da pixação, a popularidade passava a ser ganha por meio das diferentes modalidades, ou seja, o maior grau de dificuldade. Contudo, a maior quantidade de lugares não deixa de ser importante em todas as modalidades. Vejamos algumas!

- Muros:

Muro pixado do suspeito de matar o cartunista Glauco.


Pixação contra a prisão de Caroline Mota, que foi
presa por pixar a Bienal.
















- Janelas:

Ao lado esquerdo -  "Tropa"
"Essa é a hora - Ceda" - Pixo em Porto Alegre

- Prédios:

Edifício Elisa - Rua Teodoro Sampaio. 
Prédio na Avenida Ipiranga, São Paulo.


























- Escaladas:

Prédio na rua Xavier de Toledo - uma foto boa para mostrar
a "competição" entre os grupos.



sábado, 15 de outubro de 2011

Curiosidades

A verdadeira pixação só se determinou com a galera punk, que realmente saia às ruas pixando (o famoso A de anarquia), criando esse movimento de união. Até a estética é encontrada nas capas desses estilos musicais, não só do punk como o do rock. Por exemplo nas capas das bandas Iron Maiden, Metallica, AC/DC, Ozzy Osbourne, podemos encontrar uma semelhança.

 


Assim percebemos que um movimento influenciou o outro, pois em cima desse estilo a pixação evoluiu.

Outra curiosidade, ainda falando das letras, é que as bandas de rock, por coincidência, estavam se apropriando dessas letras que derivam do alfabeto rúnico.

O alfabeto rúnico é um alfabeto usado para descrever as línguas germânicas, natural dos países escandinavos.        Notem a semelhança entre os movimentos punk/rock, a pixação e as runas.